Comecei a escrever com o lápis . Algumas coisas começaram a acontecer na minha memória e no meu coração . Voltei correndo para o Grupo Escolar D. Henrique Gelain (emérito bispo da diocese de Lins) e comecei a recordar das primeiras letras , ditadas pela dona Gessy Beozzo, no caderno de caligrafia . Senti que a minha mão ainda fluia bem com o lápis . Além de tudo , é higiênico .
E me lembrei que todos nós começamos a escrever com ele . Mas , ainda com sete anos , o sonho era começar a usar a caneta tinteiro e o mata-borrão . Mas isso era coisa para o pessoal mais velho , do segundo ano , na classe da dona Clara . A caneta era com pena que a gente mergulhava no tinteiro . Voltava imundo para casa . Aí o sonho era a caneta Parker (que eu um dia escrevi aqui Park) que já vinha com tinta que a gente carregava em casa , num mecanismo avançadíssimo.
É aqui que eu queria chegar . Não adianta o governo testar alunos e professores e universidades . Vai dar sempre zebra . O buraco é bem mais embaixo senhor Ministro da Educação . Vamos voltar ao lápis e ao dois mais dois . Vamos começar pela base . Vamos escrever a lápis . Mesmo porque , se não der certo , a gente apaga e começa de novo .
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