terça-feira, 11 de janeiro de 2011

PresidentA


Para aqueles amigos (os mais "antigos") que puderam estudar latim no curso secundário ("ginásio"),
ou àqueles que não tiveram essa oportunidade, mas que lêem (livros, bons jornais e revistas),
ou ainda àqueles que mesmo não tendo feito uma coisa ou outra, ainda prezam a Língua Pátria.



Tenho notado que Dilma Roussef vem pedindo para ser chamada de primeira "presidenta" do Brasil. Alguns de seus ministros já aderiram ao modismo.
Muitos, como eu, se perguntam: Presidenta? Essa palavra existe?
Como teremos esse problema pelos próximos 4 anos (problema de português, que fique claro),
pesquisei e encontrei:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante,
o de existir é existente, o de mendicar é mendicante, o de constituir é constituinte, e assim por diante.
O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação expressa por um verbo,
temos que adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.  Portanto, a pessoa que preside
é PRESIDENTE, e não "presidenta"
, independentemente do gênero, masculino ou feminino.

Se diz chama ardente e não chama "ardenta"; se diz estudante e não "estudanta"; se diz adolescente,
e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta", se diz gerente e não "gerenta".

Dizer que "falar presidenta não está errado" é desconhecer a própria lingua e correr o risco de sair por aí
falando, por exemplo, que a presidenta se comporta como uma adolescenta impacienta que quer estar mais eleganta e ser mais sorridenta porque é a representanta do povo e dirigenta política do país.
Que Deus nos proteja...
Vamos rezar para que ela faça, pelo menos, um bom governo e que a semelhança com o Lula
seja somente na ignorância da própria Língua.



Nenhum comentário:

Postar um comentário