A revista Veja, através da sua matéria “GUERRA NAS ESTRELAS”, lançou mais um ataque à astrologia (por puro desconhecimento).
O artigo “TEM CONFUSÃO NO CÉU DA CIÊNCIA E NO DA CRENÇA” aborda a velha questão da movimentação das constelações (precessão dos equinócios) ter alterado os signos.
Bem, está na hora de explicar esse ataque indevido, para que as pessoas leigas possam entender a diferença por eles denominada “CONFUSÃO”.
Mais uma vez a astronomia demole as crenças astrológicas, mas isso não importa para quem se guia pelos astros.
Para começar Astrologia não é uma crença, mas um saber de 4.000 anos cujo objeto de estudo é a correlação entre os movimentos celestes e terrestres.
Com relação ao zodíaco, desde o século II D.C. a Astrologia praticada no Ocidente, designada como Tropical, deixou de utilizar as constelações para localizar o movimento do Sol, Lua e planetas. O Zodíaco Tropical utiliza como parâmetro os pontos dos Equinócios e Solstícios. Os pontos dos Solstícios projetados na Terra deram origem aos Trópicos de Câncer e de Capricórnio, daí a designação Astrologia Tropical.
Desse modo, para a Astrologia Tropical não importa a constelação na qual o Sol se encontra e nem o número de constelações que ele atravessa em seu trajeto na eclíptica, caminho aparente do Sol. Importa apenas qual dentre os doze segmentos iguais de 30 graus está sendo percorrido pelo Sol.
Essa divisão matemática ocorreu no século V na Babilônia e deu origem aos signos. Embora os signos tenham adotado os nomes das constelações, que na ocasião estavam próximas dos segmentos, JAMAIS signos coincidiram com as constelações.
Então é fundamental distinguir SIGNOS de CONSTELAÇÕES. CONSTELAÇÕES são conjuntos de estrelas de tamanhos bastante variados que se movimentam em função do movimento do eixo da Terra denominado precessão dos equinócios. SIGNOS são doze, iguais e fixos. Não há possibilidade de qualquer inclusão.
Portanto, o tempo não muda o Zodíaco Tropical porque a divisão É MATEMÁTICA e é baseada nos pontos dos Equinócios e Solstícios que são fixos.
Aliás, para que isso fosse respeitado o calendário foi corrigido no século XVI, quando passou de Juliano para Gregoriano.
Finalmente, vale esclarecer que Galileu e Kepler não apenas estudaram a Astrologia, mas a exerceram profissionalmente. Isso pode ser comprovado em livros de astrônomos de renome, tais como: Kepler - Ronaldo Rogério Mourão – 2003 Ed.Odysseus
Os planetas- Dava Sobel – 2005 – Cia. Das Letras.
SANDRA/SANASTRO/Jan.2011
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