quinta-feira, 29 de março de 2012



Conhecido por suas famosas frases e aforismos, o escritor e desenhista Millôr Fernandes morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, no Rio de Janeiro.


Todo homem nasce original e morre plágio.
Não adianta prever males futuros. Batatas apodrecem.
O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda.
Internet. Aberta pro mundo, alheia ao que a faz.
Pra acabar com o desemprego, o Planalto tem que, primeiro, acabar com o desentrabalho.
Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar.
Claro, sabemos muito bem que VOCÊ, aí de cima, não tem mais como evitar o nascimento e a morte. Mas não pode, pelo menos, melhorar um pouco o intervalo?
A diferença entre existir e viver é de dez salário mínimos.
Celebridade é um idiota qualquer que apareceu no Faustão.
As mulheres são mais irritáveis porque os homens são mais irritantes.
Melhor do que dar ao companheiro um peixe é lhe dar um caniço e ensiná-lo a usar o cartão corporativo.

E no oitavo dia Deus fez o Milagre Brasileiro: um país todo de jogadores e técnicos de futebol.
O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima.
Mordomia é ter tudo que o dinheiro - do contribuinte - pode comprar.
“Pérolas aos porcos” é expressão depreciativa. Exceto no Planalto, onde os porcos adoram pérolas.
O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é.
Baiano só tem pânico no dia seguinte.
A curiosidade mórbida é a mãe do vidro fumê.
Ontem, ontem tinha agá, hoje não tem. Hoje ontem tinha agá e hoje, como ontem, também tem.
Às vezes você está discutindo com um imbecil... e ele também.
Quando acabarmos de comer o queijo vamos distribuir ao povo todos os buracos.
O progresso era maravilhoso quando não progredia tanto.
Tua mulher está sempre fora de si? Não deixa ela voltar.






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