Ao dar-se conta, viu que se aproximava um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano. Levava uma maleta consigo e lhe disse:
- Bem, amigo, é hora de irmos. Sou a morte.
O homem, assombrado, perguntou à morte:
- Já? Tinha muitos planos para breve.
- Sinto muito, amigo. Mas é o momento da tua partida.
- Que trazes nessa maleta?
E a morte lhe respondeu:
- Os teus pertences.
- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro?
- Não, amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram. Eram da terra.
- Trazes as minhas recordações?
- Não, amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram. Eram do tempo.
- Trazes os meus talentos?
- Não, amigo, esses nunca te pertenceram. Eram das circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
- Não, amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não, amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do coração.
- Trazes o meu corpo?
- Não, amigo, esse nunca te pertenceu. Ele é propriedade da terra.
- Então, trazes a minha alma?
- Não, amigo, ela nunca te pertenceu. Era do Universo.
Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a maleta, abriu-a e deu-se conta de que estava vazia. Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:
- Nunca tive nada?
- Tivestes sim, meu amigo, os momentos que vivestes foram teus!
A vida é só um momento… Um momento todo teu. Desfruta-o na totalidade. Vive agora, seja um homem bom pra todos e não te esqueças de ser feliz!
Desconheço a autoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário