terça-feira, 25 de dezembro de 2012




Você já ficou surpreso por que algum desconhecido foi gentil com você?
Muitas pessoas nem sentem, mas já se acostumaram com a falta de gentileza. E quando ela acontece, vira um evento.
As relações ficaram tão frias que o normal é a secura, a indiferença e até a hostilidade.
As pessoas parecem estar mais preparadas para se defender de ofensas do que receber palavras doces e gestos de carinho.
A gentileza virou artigo de luxo, peça de antiquário, virou memória.
Tem gente que desconfia de homem muito gentil, dizem logo que é gay.
Mulheres muito gentis são vistas como frescas ou falsas.
O mundo perdeu a referência de gentileza, de delicadeza.
Ser xingado no trânsito virou rotina. Ser destratado por quem ganha para servir é comum nos estabelecimentos.
A gente se depara com caras feias, impaciência e maus humores o tempo todo, até mesmo em casa.
Mas eu não me acostumo com isso, não! Eu quero gentileza pra minha vida, e quero ser gentil também.
Quero ser tratada com respeito, com carinho. Tratada como gente, que é exatamente o que a palavra gentileza sugere: gentileza é coisa de gente!
A juventude já não acha necessário dar o lugar para os idosos no ônibus, no metrô, nas filas.
Os homens já não praticam a delicadeza com o sexo oposto.
As mulheres, por sua vez, se emanciparam e dispensaram o cavalheirismo, porque acham que está fora de moda.
Eu quero gentileza, sim. De homens, de mulheres, de crianças, de estranhos.
Quero o gesto sutil, o telefonema de agradecimento, o bilhete de boas-vindas, as flores, os bombons…
Eu quero um simples olhar de sinceridade, porque ser verdadeiro é ser gentil também!
Eu quero a gentileza pela gentileza. Por menor que seja o gesto, ele faz bem, é necessário…
E essencial!

By Lena Gino.


 

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