segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Na época da “chamada” ditadura...






Podíamos namorar dentro do carro até a meia- noite sem perigo de sermos assaltados ou mortos por bandidos e traficantes. 

Mas, não podíamos falar mal do presidente.  Podíamos ter o INPS como único plano de saúde sem morrer a míngua nos corredores dos hospitais.

Mas não podíamos falar mal do Presidente.   Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista.

Mas, não podíamos falar mal do Presidente.  Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista sem correr o risco de sermos processados por "assédio moral".

Mas, não podíamos falar mal do Presidente.  Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), credos (esse crente aí!) ou preferências sexuais (fala! Sua bicha!) e não éramos processados por "discriminação".

Mas, não podíamos falar mal do presidente. 

Podíamos tomar nossa redentora cerveja no fim do expediente do trabalho para relaxar e dirigir o carro para casa, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, sendo preso por estar "alcoolizado".

Mas, não podíamos falar mal do Presidente.

Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental.

Mas, não podíamos falar mal do presidente. Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, seqüestrados ou assassinados.

Mas, não podíamos falar mal do presidente.

Hoje a única coisa que podemos fazer: “é falar mal do presidente!” que merda hein?  


SERÁ QUE ESTÁ SE CONCRETIZANDO? 

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;

Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; 

Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho;

Que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; 

Quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada...

(Ayn Rand)






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